Dt 25.5 “Não atarás a boca ao boi quando debulha.”
Estamos diante de uma figura da linguagem agrícola. Quando esse texto foi escrito originalmente, para os hebreus, ainda no deserto, quando peregrinavam em direção à Canaã (Palestina atual), isso tinha também o sentido literal. Deus realmente disse nessa lei regulamentar sobre o trabalho agrário, que seria a base da economia e sustenta das famílias, quando na posse da terra.
Ao executar os trabalhos na roça, arando, no preparo da terra para plantio ou no cultivo e colheita, usando a força animal para as tarefas, eles deveriam cuidar bem dos animais de trabalho, suprindo de alimento, água, descanso e cuidados, tal qual se fazia com mão de obra humana. Era proibido maus tratos, exploração e privação de suas necessidades básicas; seguindo o princípio do trabalho e da recompensa.
Quem trabalha, merece ser recompensado pelos seus esforços. Quando um fazendeiro, digamos, estava trabalhando com animais, em meio a uma plantação verdejante, como trigo, aveia, ou outra cultura, os animais eram tentados a dar uma abocanhada de vez em quando; para evitar isso, as pessoas amarravam a boca do animal, ou colocavam uma espécie de mordaça para que ele não comesse enquanto andava pela lavoura. Deus proibiu tal procedimento. Esse animal é um trabalhador e está em sua jornada de trabalho e tem seus direitos e eles serão respeitados e regulamentados.
No Novo Testamento, o apóstolo São Paulo, citou esse texto com uma aplicação em relação aos obreiros do trabalho espiritual. “Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi, quando pisa o trigo. Acaso, é com bois que Deus se preocupa? Ou é, seguramente, por nós que ele o diz? Certo que é por nós que está escrito; pois o que lavra cumpre fazê-lo com esperança; o que pisa o trigo faça-o na esperança de receber a parte que lhe é devida. Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais? Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho;” (I Co 9.9-11,13,14).
É bom você saber que Deus deseja que desfrutes dos resultados do seu trabalho. O labor de cada um é, digamos, a sua roça, a sua seara. Eu, sou um pastor de igreja local, numa pequena cidade do interior; você, trabalha em algum lugar, e daí você tira o seu sustento. O propósito do Pai, é que não apenas sobreviva, mas prospere, seja abençoado, supra necessidades, sonhos e projetos maiores, resultado do seu esforço e criatividade.
Se és funcionário, sócio, autónomo, concursado com estabilidade ou não… deve batalhar pela maior e melhor produtividade de sua atividade. A prosperidade sua depende da prosperidade da fonte de sua renda. A sua negligencia é prejuízo para muitos. Abençoe, para ser abençoado. Você deve encabeçar a atitude de fazer a diferença onde está, porque você já sabe, que está ali por causa da bênção de Deus e que cumpres um propósito especial e que o seu Deus é honrado quando o seu serviço e bem feito.
Pr. Jason Gomes