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Igreja primitiva, exemplo de vida em comunidade

Publicado em: 15/01/2016 por CBN-SP

Atos

A Igreja primitiva de Jerusalém tinha características fortes, marcantes e peculiares: comunhão, altruísmo e devoção coletiva a Deus.  Eles (os membros da Igreja primitiva) viviam unidos com Deus e unidos entre si a tal ponto, que o Apóstolo Paulo expressa o desejo de que os crentes vivam do mesmo modo (Rm. 15: 1 a 9); este é o modelo que a Igreja dos dias de hoje deve livremente imitar, apoiada pela Escrituras.

Nós crentes em Cristo Jesus, temos motivos para sermos unidos. O texto de Atos 2:42 a 47 nos revela alguns ensinamentos imprescindíveis: Os crentes “Perseveravam na doutrina dos Apóstolos (V. 42a). Desde os primórdios da vida cristã o ensinamento da sã doutrina era uma das principais preocupações dos líderes, os Apóstolos. Estudar a palavra de Deus é fundamental; como ser obedientes ao que não conhecemos? Como fazer a vontade de Deus, se não conhecemos a Deus? Como saber o caminho a seguir senão conhecemos as orientações da Sua Palavra?  A comunhão dos irmãos era verdadeira; E  perseveravam na comunhão (V. 42b). A vida cristã completa não é feita só de ouvir, mas também de obediência, prática e comunhão. Teoria apenas, não é suficiente. “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”. (Tg. 1:22) A celebração comunitária era contínua; O partir do pão”. O texto expressa claramente a Ceia do Senhor. A ideia que nos é transmitida é que a comunhão dos crentes em Jerusalém não era apenas social, mas era espiritual e religiosa.

Durante os dias de Jesus, era comum a existência de pequenos grupos, pessoas com interesses semelhantes e laços recíprocos, que se reuniam em uma pequena comunidade, onde tinha tudo em comum.  Esta comunidade tinha o nome de HABHURA. Em algumas delas até as refeições eram comunitárias. Percebemos a habhura no grupo de discípulos que viviam com Jesus e Judas era o tesoureiro. A Igreja primitiva escolheu viver uma HABHURA. Não acho que devemos voltar a viver em habhura, mas creio plenamente que temos a urgência de recuperar uma ação da vida em comunidade: a preocupação e o cuidado com os demais. “Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz”. (Hb. 13:16). “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade”. (Cl. 3:12).

A vida em união traz benefícios, e o texto de Atos 2: 43 nos mostrar quais são:

  1. Temor – Temor aqui não é medo, mas, confiança verdadeira e sincera no valor da obediência a Deus e desejo profundo em obedecê-lo. A vida cristã que esta comunidade vivia era verdadeira, não era para mostrar aos que estavam de fora. Hoje em nossos dias, nas igrejas dos nossos dias, a obediência é colocada de lado sem nenhum respeito a Deus, e aos líderes, por onde ela anda? Só Deus sabe.
  2. Prodígios e sinais – Havia uma satisfação por parte de Deus na vida desta Igreja (comunidade Habhura) de forma tal que operava muitos milagres. Deus tinha liberdade para agir. Os Apóstolos continuavam o ministério de Jesus, de operar maravilhas pelo poder do Espírito Santo ( 16: 17,18). Hoje em nossos dias, nas igrejas dos nossos dias, o Espírito de Deus está limitado em suas ações, por causa das ações insanas de homens insanos.
  3. Conversão de vidas – O estilo de vida cristã dos membros da Igreja primitiva era caracterizado pela adoração (louvor e serviço) a Deus, que conquistava a simpatia do povo. O testemunho de vida transparente que aqueles crentes tinham mostrava de fato a quem eles serviam. Hoje em nossos dias, nas igrejas dos nossos dias, os homens buscam ser servidos, e os holofotes refletem a procura desenfreada e frenética do louvor do homem para si mesmo.

Não podemos nos esquecer que as nossas ações e reações falam tão alto que as outras pessoas não conseguem escutar o que de fato desejamos e precisamos falar, ou simplesmente não querem nos ouvir porque sabem quem de fato somos.

O que conforta e consola o nosso coração é saber que o Espírito Santo está ainda hoje disponível para nós. Os mesmos milagres e maravilhas podem ser experimentados hoje, porque está escrito: “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hb. 13:8). Vamos  “Viver com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef. 4: 2,3). E que as misericórdias do Senhor nos alcancem a cada novo dia, pois elas: “são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade…. Ponha a sua boca no pó; talvez ainda haja esperança”. (Lm. 3: 22 a 29)

Ednéia Guimarães

 

 

 

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